El  objetivo  del  artículo  es  analizar  las  transformaciones  en  las  políticas  sociales  que  se proponen  promover  la  economía  social  y  popular  en  Argentina,  a  partir  del  cambio  de gestión de gobierno en diciembre de 2015. Indagamos los contenidos y fundamentos de los programas implementados por el Ministerio de Desarrollo Social, centrándonos en aquellos destinados  al fomento  del  trabajo  cooperativo  en  el  periodo  2009-2015  y  la  ruptura  que plantea  el  Salario  Social  Complementario  instituido  a  partir  de  la  sanción  de  la  Ley  de Emergencia Social en diciembre de 2016.Para ello, utilizamos un enfoque cualitativo que incluyó  entrevistas,  grupos  focales  y  análisis  documental. El  artículo  muestra  las  disputas por  el  sentido  del  trabajo,  la  política  social,  la  solidaridad  y  el  horizonte  político  de  la construcción  de  la  economía  popular,  que  implican  las  transformaciones  de  los  programas analizados. En  la  nueva  orientación  de  las  políticas  priman  las  transferencias  de  ingresos como  respuesta  a  las  demandas  sociales  y  el  desarrollo  de  la  empleabilidad,  desvinculada de  espacios  de  organización  colectiva  del  trabajo. Estos  cambios  van  construyendo  un enfoque individualista de la sociedad y de las intervenciones sociales del Estado, junto con la  reactualización  de  una  concepción  filantrópica  de  la  solidaridad  ejercida  por  nuevos actores sociales.
 
The objective of the article is to analyze the transformations in the social policies that are proposed to promote the social and popular economy in Argentina, from the change of government management in December 2015. We investigate the contents and foundations of the programs implemented by the Ministry of Social Development, focusing on those aimed at promoting cooperative work in the period 2009-2015 and the rupture posed by the Complementary Social Salary instituted from the enactment of the Social Emergency Law in December 2016. For this, we use an approach qualitative that included interviews, focus groups and documentary analysis. The article shows the disputes over the meaning of work, social policy, solidarity and the political horizon of the construction of the popular economy, which imply the transformations of the analyzed programs. In the new orientation of the policies, income transfers prevail in response to social demands and the development of employability, detached from spaces for collective work organization. These changes are building an individualistic approach to society and the social interventions of the State, together with the updating of a philanthropic conception of solidarity exercised by new social actors.
 
O objetivo do artigo é analisar as transformações nas políticas sociais que se propõem a promover a economia social e popular na Argentina, a partir da mudança de gestão do governo em dezembro de 2015. Investigamos os conteúdos e fundamentos dos programas implementados pelo Ministério de Desenvolvimento Social, com foco naquelas voltadas para a promoção do trabalho cooperativo no período 2009-2015 e a ruptura imposta pelo Salário Complementar Social instituído a partir da promulgação da Lei de Emergência Social em dezembro de 2016. Para isso, utilizamos uma abordagem qualitativa que incluiu entrevistas, grupos focais e análise documental. O artigo mostra as disputas sobre o sentido do trabalho, política social, solidariedade e o horizonte político da construção da economia popular, que implicam nas transformações dos programas analisados. Na nova orientação das políticas, prevalecem as transferências de renda em resposta às demandas sociais e ao desenvolvimento da empregabilidade, desvinculadas dos espaços de organização coletiva do trabalho. Essas mudanças estão construindo uma abordagem individualista da sociedade e das intervenções sociais do Estado, juntamente com a atualização de uma concepção filantrópica de solidariedade exercida por novos atores sociais.